A minha mente nesse exato momento borbulha sem limites.
Sempre tento conter os meus pensamentos, mas às vezes as palavras escorrem e queimam
quem eu deveria proteger.
A minha mente é um verdadeiro vulcão preste a entrar em erupção.
Enquanto as lavas permanecem quietas a vida lá fora parece correr tranquila. Só
eu sei o que acontece nas profundezas.
Enquanto o dia amanhece, o cheiro de café invade a casa. O
pijama colorido circula pela cozinha, os lábios saldam um novo dia com ternura;
o corpo parece estar em equilíbrio, a mente permanece inquieta.
Visualizo entre as folhas verdes do jardim um sabiá seu
canto triste embrulha o meu estômago, sinto o vulcão movimentar-se cada vez
mais rápido, corro para dentro e me tranco no quarto. Sinto as lavas descerem e
subirem desordenadamente, o calor percorre o meu corpo queimando alma e
coração.
Tento conter as emoções, não consigo. O vulcão explode,
demarcando quem eu mais amava com cicatrizes.
Sabrina Stolle
Pode considerar como um mini conto hermético?
ResponderExcluirAcho que sim ;)
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