sexta-feira, 12 de junho de 2015

12 de junho


Hoje é dia de poesia.
Escorrem do lado de fora gotas de chuva
Janela borrada de respirações duais do lado de dentro.

Ao passo que o vento sussurra lá fora
Dentro a pele se arrepia com murmúrios de palavras sagradas.
Tons vocais que pronunciam a energia da vida.

E o dia chove.
No jardim lembranças de amores passados
De beijos roubados.
Entre as paredes do quarto os olhos continuam fixos,
Imóveis como um céu sem nuvens
Uniforme como o teto do mundo pintado de azul.

E quanto mais imobilizado o olhar mais o corpo chora:
Gotículas de suor que escorrem da pele sem pudor.
Pupilas que dilatam quando se cruzam,
Contrações que produzem cochichos feito o som da chuva que chora.



OBS:
Poema dedicado a todas as formas de amor, daqueles que deram certo e daqueles que não deram também.
Daqueles utópicos e dos reais.
Aos amores que deram frutos e dos que não saíram do papel.
Inspirado no amor que não escolhe classe nem gênero, no amor não classificado. 
E sim dedicado e inspirado naquele amor que não possui etiqueta e nem rotulo, simplesmente acontece e colore a alma e até as manhãs chuvosas. 
Não desejo aos meus queridos leitores um feliz dia dos namorados e sim um feliz dia do amor, porque ele sim vive dentro de nós ele sim floresce a nossa melhor essência.

Com carinho,
Sabrina Stolle.


4 comentários:

  1. Muito belo Sabrina. Impossível não ficar detido, não se perder, ao menos por um bom tempo, em tantas imagens que vem à tona na mente durante a leitura.

    Abraço

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    Respostas
    1. Oi, Jonatas!! Saudades de você!
      Fico muito feliz quando meus poemas causam efeitos em quem os lê. Obrigada pelas palavras.

      Abraços

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