Pegou o calendário e começou a exercer sua função:
Foi deixando um pouco de amor nas brechas, rachaduras e fendas do dia a dia.
Colou nos pequenos vãos duas pessoas que dançavam em uma cozinha iluminada apenas por velas.
Uma música de rádio que se vai a medida que as notas de um corpo com o outro aumentam.
Fixou na rotina dois jovens que sob luzes coloridas enfeitam um ao outro com tintas e sorrisos.
Preencheu a falta de luz com uma pequena fogueira, histórias e sentimentos que vão se eternizando a medida que o fogo vira cinza.
Construiu pontes entre um dia e o outro com chegadas e abraços. Com beijos e carinhos.
E regou a semana com um pouco de lágrimas, mas agora nunca sós.
Sabrina Stolle